10/25/08

Mariana Amorim "Personal Trainer de Afectos"

12-12-20h - Parada Dr.Lluch/Playa

A minha proposta é estar com a indumentária adequada a um treino, fato-de-treino, cronometro e apito, e dirigir-me às paragens de metro assinaladas no trabalho exposto sobre a não-afectividade e oferecer o treino das acções/afectos correspondentes a cada paragem. No trabalho exposto há a sugestão que existe uma oferta especifica em cada paragem; com esta intervenção procura-se treinar os transeuntes para essa procura. Assim, por exemplo na paragem La Carrasca, treino as pessoas a darem abraços umas às outras, diferentes formas de abraços etc...
Exemplos: Quando duas pessoas abrem a porta do metro e cada uma puxa para o seu lado com força o fecho. Normalmente olham-se, podem até sorrir-se, para uma terceira pessoa que observasse poderia pensar que teriam alguma ligação, como colegas, amantes, ou conhecidos. Ao tomar café numa mesa com um desconhecido cria-se uma afectividade pelo momento partilhado. Muitas vezes acontece, por estarmos mais frágeis, ficarmos tristes ou até mesmo revoltados com situações em que não deveria haver afecto e no entanto somos afectados. O não – afecto dever-se-ia ao desconhecido. Não conheço logo não me diz nada. Trata-se da afectividade dos não afectos. A distância criada por cada um de nós para que não haja hipótese de um afecto se desenvolver para outra coisa senão um não – afecto.
Afecto
Se precisas de um abraço sai na paragem x. Se precisas de um berro sai na paragem x. Se precisas de um beijo sai na paragem x. Se precisas de ser amado sai na paragem x. Se precisas de te perder sai na paragem x. Se precisas de falar sai na paragem x.
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